Jornal Médico - Apenas 14% marcam consultas por telefone

Apenas 14 por cento dos utentes dos centros de sa&uacute;de (CS) marcam consultas por telefone... Apenas 14 por cento dos utentes dos centros de sa&uacute;de (CS) marcam consultas por telefone e quase tr&ecirc;s em cada 10 desconhecem a exist&ecirc;ncia de consultas de recurso para quem n&atilde;o tem m&eacute;dico de fam&iacute;lia (MF). As conclus&otilde;es s&atilde;o de um estudo levado a cabo pela Entidade Reguladora da Sa&uacute;de (ERS) com o intuito de diagnosticar a acessibilidade aos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP) do Servi&ccedil;o Nacional de Sa&uacute;de (SNS), procurando identificar pontos fr&aacute;geis e descobrir eventuais assimetrias regionais. O Estudo do acesso aos CSP no SNS concluiu que a maioria dos utentes est&aacute; satisfeita com o acesso aos CS p&uacute;blicos, mas aponta como aspectos negativos o facto de uma baixa percentagem de utentes marcar consultas por telefone e a exist&ecirc;ncia de algum desconhecimento acerca do funcionamento dos servi&ccedil;os dos CS. Apenas 14 em cada 100 utentes "com consulta marcada por iniciativa pr&oacute;pria o fizeram telefonicamente" e 88 por cento dos utentes que marcaram consulta telefonicamente fizeram-no apenas com um telefonema. Dos utentes que marcaram consulta presencialmente, 93 por cento tiveram de se deslocar ao centro de sa&uacute;de apenas uma vez. Apesar de a maioria ter uma imagem no geral positiva sobre as consultas de recurso, 28 por cento dos utentes desconhece estas consultas est&atilde;o dispon&iacute;veis para os utentes sem MF atribu&iacute;do. Os inquiridos mostraram estar satisfeitos com os hor&aacute;rios de funcionamento das consultas nos CS, considerados por 84 por cento como "bons" ou "razo&aacute;veis" e 68 por cento tem uma opini&atilde;o positiva em rela&ccedil;&atilde;o ao tempo de espera por uma consulta. Mais de metade (54 por cento) n&atilde;o teve de esperar mais do que uma semana desde a marca&ccedil;&atilde;o at&eacute; ao dia em que foi atendido. No entanto, quando comparados com outros servi&ccedil;os, nomeadamente servi&ccedil;o de sa&uacute;de privados, os CS do SNS foram classificados negativamente quanto ao tempo de espera por uma consulta desde a marca&ccedil;&atilde;o at&eacute; ao dia da consulta e quanto ao tempo de espera para atendimento no pr&oacute;prio dia da consulta. O estudo real&ccedil;a ainda que h&aacute; 6,39 m&eacute;dicos nos centros de sa&uacute;de para cada 10 mil habitantes. De acordo com o estudo da ERS, e numa perspectiva regional, "h&aacute; menor facilidade de acesso aos CSP no Norte do territ&oacute;rio continental, especialmente nas Sub-Regi&otilde;es de Sa&uacute;de (SRS) de Vila Real, Bragan&ccedil;a e Viseu, e maior facilidade de acesso em Faro, Coimbra e Castelo Branco. As SRS de Portalegre, Leiria, Santar&eacute;m, Porto, Braga, Viseu e Bragan&ccedil;a s&atilde;o as que t&ecirc;m uma rede de CSP menos ajustada &agrave;s necessidades da popula&ccedil;&atilde;o. No entanto, concluiu a an&aacute;lise, "os cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios est&atilde;o pr&oacute;ximos dos utentes e apenas 0,003 por cento da popula&ccedil;&atilde;o do Continente est&aacute; a mais de 30 minutos de um centro de sa&uacute;de. Estes resultados foram obtidos pela ERS atrav&eacute;s de inqu&eacute;ritos sobre as condi&ccedil;&otilde;es de funcionamento daqueles servi&ccedil;os, realizados junto de utentes dos 101 CS do SNS. As conclus&otilde;es deste estudo foram apresentadas ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, &agrave; Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios, &agrave;s Administra&ccedil;&otilde;es Regionais de Sa&uacute;de e ao Grupo Consultivo para a Reforma dos Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios numa reuni&atilde;o, onde foi consensual a necessidade de "ser mais transparente, refor&ccedil;ando a informa&ccedil;&atilde;o prestada aos utentes".

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