Jornal Médico - O Lado Humano da Medicina: IX Edição bate recorde com 17 contos

Os exemplares do livro dispon&iacute;veis em Vilamoura voaram num abrir e fechar de olhos e os autores n&atilde;o tiveram m&atilde;os a medir perante a intermin&aacute;vel fila de leitores que aguardavam por um aut&oacute;grafo... No final, alguns queixavam-se de tendinite... O lan&ccedil;amento do IX volume da colec&ccedil;&atilde;o O Lado Humano da Medicina - a colect&acirc;nea de contos m&eacute;dicos, seleccionados no &acirc;mbito do passatempo promovido pela Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa dos M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral e pela editora Padr&otilde;es Culturais, atrav&eacute;s do Jornal M&eacute;dico de Fam&iacute;lia, com o patroc&iacute;nio da AstraZeneca - decorreu no ambiente descontra&iacute;do do espa&ccedil;o APMCG. Os exemplares do livro dispon&iacute;veis em Vilamoura voaram num abrir e fechar de olhos e os autores n&atilde;o tiveram m&atilde;os a medir perante a intermin&aacute;vel fila de leitores que aguardavam por um aut&oacute;grafo... No final, alguns queixavam-se de tendinite... A ades&atilde;o &agrave; nona edi&ccedil;&atilde;o do passatempo foi a mais numerosa de sempre. Ao todo, integram este nono volume dos Contos M&eacute;dicos 17 autores, m&eacute;dicos de fam&iacute;lia e internos da especialidade, oriundos das mais diversas regi&otilde;es do pa&iacute;s, ilhas inclu&iacute;das. A maior parte dos autores do livro agora apresentado s&atilde;o reincidentes nas lides da escrita. &Eacute; o caso do presidente honor&aacute;rio da APMCG, M&aacute;rio Moura, que neste nono volume volta a brindar os leitores com uma das in&uacute;meras hist&oacute;rias que recheiam a sua viv&ecirc;ncia longa na pr&aacute;tica da MGF. O beijo! - "esse acto cheio de carga afectiva" (porque &eacute; de afectos que O Lado Humano da Medicina se faz) - &eacute; o t&iacute;tulo sugestivo do conto deste autor, ass&iacute;duo desde a primeira edi&ccedil;&atilde;o. Eduarda Sousa, m&eacute;dica de fam&iacute;lia da USF Nova Via, &eacute; outra das repetentes. Ladr&atilde;o reconhecido &eacute; a hist&oacute;ria que podemos ler neste volume dos Contos M&eacute;dicos. No seu curr&iacute;culo liter&aacute;rio, tem ainda dois livros de poesia publicados. Em Vilamoura, a m&eacute;dica de Vila Nova de Gaia, prometeu que este n&atilde;o ser&aacute; o seu &uacute;ltimo conto. E relembrou o que a motiva a participar neste passatempo: "s&atilde;o hist&oacute;rias da vida de outros que preenchem a minha, de alegrias e de tristezas. Em cada hist&oacute;ria est&aacute; um passo da nossa viv&ecirc;ncia e s&atilde;o todos estes passos juntos que fazem mover as montanhas que pens&aacute;vamos inamov&iacute;veis. A vida de m&eacute;dico &eacute;, na verdade, um sacerd&oacute;cio. N&atilde;o temos a faculdade de adivinhar se o desfecho destas hist&oacute;rias reais ser&aacute; aquilo que pensamos ser o melhor para os intervenientes, mas lutamos vivamente para que seja auspicioso". Eduardinha, como &eacute; conhecida entre amigos, fez ainda quest&atilde;o de salientar: "sempre me empenhei para que a grandeza humana prevalecesse no meu contacto com a pessoa que me solicitava cuidados m&eacute;dicos. Ser sens&iacute;vel para compreender o sofrimento, ser humilde para reconhecer os limites do saber humano... Esta atitude acabou por me proporcionar um enriquecedor envolvimento como ouvinte e espectadora, incentivando-me a memorizar tudo o que de perto me era permitido presenciar". Mas a obra apresentada no 26&ordm; Encontro Nacional tamb&eacute;m &eacute; feita de novidade e de caras novas... &Eacute; o caso de Ricardo Gabriel, interno do 3&ordm; ano de MGF na USF Cruz de Celas, que se estreia com O Destino da Chuva. Apesar de curta, a carreira na Medicina Familiar j&aacute; mostrou a este jovem m&eacute;dico que esta &eacute; uma especialidade feita de emo&ccedil;&otilde;es, que, de uma forma natural, fluem para a escrita. Para o interno de Coimbra, este passatempo &eacute; importante em duas vertentes distintas. Primeiro, porque permite dinamizar "uma dimens&atilde;o cultural historicamente ligada &agrave; Medicina, que deveria ser mais acalentada, no seio das organiza&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas, enquanto promotoras de arte e cultura nas suas mais diversas formas". Por outro lado, adiantou o jovem cl&iacute;nico, estes contos s&atilde;o "um hino ao lado humano da Medicina, que tem vindo a perder-se, devido &agrave; crescente t&eacute;cnica". Neste sentido, Ricardo Gabriel deixou um apelo &agrave; participa&ccedil;&atilde;o de todos os m&eacute;dicos de fam&iacute;lia neste passatempo - "para que possam crescer, enquanto cl&iacute;nicos e enquanto pessoas", salientou.

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