Jornal Médico - Utentes e profissionais aderiram em massa

Os primeiros resultados da sondagem levada a cabo pelo CEISUC, com vista a avaliar os &iacute;ndices de satisfa&ccedil;&atilde;o nas USF, poder&atilde;o ser divulgados ainda este m&ecirc;s... Os primeiros resultados da sondagem levada a cabo pelo Centro de Estudos e Investiga&ccedil;&atilde;o em Sa&uacute;de da Universidade de Coimbra, com vista a avaliar os &iacute;ndices de satisfa&ccedil;&atilde;o nas unidades de sa&uacute;de familiar, poder&atilde;o ser divulgados ainda este m&ecirc;s. Quem o afirma &eacute; Pedro Lopes Ferreira, director daquele centro de investiga&ccedil;&atilde;o. O mesmo respons&aacute;vel adiantou ao M&eacute;dico de Fam&iacute;lia que a taxa de resposta do estudo, no caso dos profissionais, foi de 85%. No que respeita aos utentes, a ades&atilde;o dever&aacute; rondar os 70%. Valores recorde, quando comparados com pesquisas similares realizadas no passado Realizada ao abrigo de um protocolo assinado entre o Centro de Estudos e Investiga&ccedil;&atilde;o em Sa&uacute;de da Universidade de Coimbra (CEISUC) e a Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios (MCSP), em Novembro de 2008, o estudo tem por finalidade avaliar a satisfa&ccedil;&atilde;o de profissionais e utentes de 146 unidades de sa&uacute;de familiar (USF) - organizadas em modelo A ou B -, inauguradas at&eacute; ao final de 2008. O estudo envolveu 12.713 utentes com question&aacute;rios validados, bem como 2.398 profissionais de sa&uacute;de. Nesta fase, os dados est&atilde;o a ser tratados e consolidados e - segundo pudemos apurar - n&atilde;o tardar&aacute; muito para que o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de apresente as principais conclus&otilde;es obtidas. Os clientes das USF foram convidados a participar no dia 26 de Janeiro. Em alguns casos foram abordados por administrativos da sua USF, noutros por volunt&aacute;rios (estudantes de Medicina e Enfermagem, membros de n&uacute;cleos de amigos, reformados, bombeiros, assistentes sociais, etc.). Estes elementos deram apoio no preenchimento dos question&aacute;rios, 25 por cada lista de m&eacute;dico de fam&iacute;lia. Uma vez conclu&iacute;dos, os question&aacute;rios foram depositados em urnas criadas especificamente para o censo e, posteriormente, remetidos para o CEISUC, onde s&atilde;o alvo de tratamento estat&iacute;stico e an&aacute;lise. J&aacute; no caso dos profissionais, o processo de recolha de dados (terminado durante a &uacute;ltima semana de Janeiro) processou-se de forma diferente. Os coordenadores das USF receberam envelopes fechados, contendo uma palavra-chave para cada elemento da USF. Munidos desta palavra-chave e atrav&eacute;s de um site na internet, os profissionais puderam ent&atilde;o dizer de sua justi&ccedil;a, sob anonimato. Choveram coment&aacute;rios sobre a presta&ccedil;&atilde;o das USF Segundo Pedro Lopes Ferreira, economista da sa&uacute;de e director do CEISUC, verificou-se um fen&oacute;meno bastante interessante no decurso do estudo, que demonstra a apet&ecirc;ncia de utentes e profissionais no sentido de cooperarem: "chegaram-nos 400 p&aacute;ginas de coment&aacute;rios extra-question&aacute;rio, da parte dos utentes, e outras 600, com origem nos profissionais de sa&uacute;de". Numa primeira abordagem, Pedro Lopes Ferreira considera que se verificou "uma enorme ades&atilde;o dos utilizadores e dos profissionais de sa&uacute;de a estes question&aacute;rios. H&aacute; dois anos, realiz&aacute;mos um estudo com todos os CS do pa&iacute;s e a taxa de resposta foi inferior, em particular do lado dos profissionais. N&atilde;o estava &agrave; espera deste resultado. Julgo, ali&aacute;s, que revela um envolvimento profundo e sincero". Na perspectiva do acad&eacute;mico, "as pessoas aderiram bem a este processo de sondagem de opini&atilde;o e fizeram sugest&otilde;es para melhorar os servi&ccedil;os. Isto &eacute; &oacute;ptimo! Na realidade, sempre pretendemos mais do que uma avalia&ccedil;&atilde;o estat&iacute;stica; que fosse poss&iacute;vel, atrav&eacute;s do estudo, aperfei&ccedil;oar os cuidados prestados e as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho". Gra&ccedil;as &agrave; pesquisa, o CEISUC pretende identificar &aacute;reas problem&aacute;ticas, que exijam maior investimento por parte das USF. Em acr&eacute;scimo, a investiga&ccedil;&atilde;o ajudar&aacute; a encontrar as raz&otilde;es que est&atilde;o por detr&aacute;s dos referidos d&eacute;fices, retratando os aspectos avaliados de maneira positiva ou negativa. Ser&aacute; igualmente poss&iacute;vel reconhecer as USF que est&atilde;o a dar uma resposta adequada &agrave;s expectativas dos utilizadores. O CEISUC produzir&aacute; um relat&oacute;rio global (dispon&iacute;vel para consulta p&uacute;blica), o qual envolver&aacute; a totalidade das USF estudadas. Depois, haver&aacute; um relat&oacute;rio para cada USF, a entregar ao respectivo coordenador. "Assim, os coordenadores poder&atilde;o comparar a sua unidade com todo o universo avaliado, de modo a retirar ila&ccedil;&otilde;es importantes", explicou ao nosso jornal Pedro Lopes Ferreira. O investigador refor&ccedil;a o objectivo duplo do estudo: reter dados que permitam, a partir de agora, um acompanhamento sustentado do modelo USF ao longo do tempo (em busca de melhorias) e, por outro lado, captar informa&ccedil;&otilde;es sobre cada USF em concreto, que possam ser utilizadas no imediato enquanto ferramenta de diagn&oacute;stico. "Deste modo, os respons&aacute;veis das USF t&ecirc;m a possibilidade de pegar nestes resultados e adoptarem as medidas que fa&ccedil;am sentido, no intuito de melhorar a qualidade", conclui o director do CEISUC.

Terceiro espaço

Mais lidas