Jornal Médico - Rastreio fez sucesso na Assembleia da República

A Campanha "Idade das Art&eacute;rias", que visa sensibilizar os portugueses para os riscos da arteriosclerose, chegou ao centro da democracia nacional e agradou a quem nela participou A Campanha "Idade das Art&eacute;rias", que visa sensibilizar os portugueses para os riscos da arteriosclerose, chegou ao centro da democracia nacional e agradou a quem nela participou. Deputados e funcion&aacute;rios da Assembleia da Rep&uacute;blica foram convidados a conhecer melhor o estado das suas art&eacute;rias, numa iniciativa a cargo da AstraZeneca, Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral e Sociedade Portuguesa de Aterosclerose. O rastreio esteve integrado nas Jornadas da Sa&uacute;de no Parlamento - organizadas entre 18 de Maio e 5 de Junho - e conheceu um tal sucesso que obrigou ao regresso dos t&eacute;cnicos por mais alguns dias, para dar vaz&atilde;o &agrave; procura A Campanha "Idade das Art&eacute;rias" fez furor na Assembleia da Rep&uacute;blica (AR), onde permitiu avaliar o estado das art&eacute;rias a mais de uma centena de funcion&aacute;rios e deputados. A deputada e ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, foi uma das "pacientes" que se submeteu &agrave; m&aacute;quina que n&atilde;o mente, no que toca &agrave; avalia&ccedil;&atilde;o do desgaste arterial. Com a ajuda de profissionais qualificados e de um aparelho desenvolvido no Jap&atilde;o, que possibilita a an&aacute;lise da idade, espessura e rigidez das art&eacute;rias dos rastreados, os participantes na iniciativa tiveram a oportunidade de saber se a idade aferida das suas art&eacute;rias corresponde &agrave; idade cronol&oacute;gica das mesmas. A tecnologia utilizada &eacute; relativamente recente em Portugal e o aparelho usado na campanha "Idade das Art&eacute;rias" &eacute; o &uacute;nico que pode ser encontrado, no nosso pa&iacute;s, fora dos hospitais e em actividades de preven&ccedil;&atilde;o. Todos quantos passaram pela sala onde se realizou este rastreio (organizado, em simult&acirc;neo, com outras ac&ccedil;&otilde;es de sensibiliza&ccedil;&atilde;o a cargo da Funda&ccedil;&atilde;o Portuguesa de Cardiologia) receberam folhetos da iniciativa e conselhos pr&aacute;ticos, sobre como levar uma vida saud&aacute;vel e evitar, ao m&aacute;ximo, o agravamento de factores de risco cardiovascular, para al&eacute;m de dados sobre sintomas e evolu&ccedil;&atilde;o da arteriosclerose. Maria Teresa Tom&eacute;, funcion&aacute;ria na AR h&aacute; sete anos, nunca se tinha submetido a algo similar. F&ecirc;-lo, agora, porque considerou ser esta uma oportunidade "&uacute;nica para perceber como estava de sa&uacute;de". Apesar de ter somado mais tr&ecirc;s anos na estimativa arterial do que no bilhete de identidade, Maria Teresa Tom&eacute; saiu contente da experi&ecirc;ncia, por perceber que n&atilde;o estava t&atilde;o mal quanto suspeitava (apenas a press&atilde;o arterial saia um pouco fora dos valores recomendados). "Vou passar a medir a press&atilde;o arterial regularmente", confidenciou-nos. A sua colega Ana Almeida, apesar dos 32 anos de idade, veio ao rastreio num impulso pr&oacute;-activo: "se a AR nos deu esta hip&oacute;tese de testar a nossa condi&ccedil;&atilde;o, temos de aproveitar! Por isso, pe&ccedil;o todos os anos &agrave;s senhoras enfermeiras que regressem". A idade calculada das suas art&eacute;rias acertou em cheio na idade cronol&oacute;gica e Ana Almeida confessa que tem alguns cuidados com o exerc&iacute;cio e a dieta, "embora mais acentuadamente antes e durante o Ver&atilde;o". J&aacute; Helena Alves valoriza a oportunidade que a AR, "enquanto entidade patronal, concedeu aos seus colaboradores, uma oportunidade para melhorarem a sua sa&uacute;de e apostarem na preven&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s destes rastreios. Para mais, porque desta forma n&atilde;o temos de nos deslocar, em hor&aacute;rio de trabalho, at&eacute; um local onde se faria este tipo de exames". Satisfeita com a idade arterial que lhe foi atribu&iacute;da, esta funcion&aacute;ria com 30 anos de trabalho na AR enalteceu, tamb&eacute;m, a simpatia com que foi acolhida e toda a informa&ccedil;&atilde;o prestada acerca da preven&ccedil;&atilde;o da arteriosclerose. Portugueses conhecem implica&ccedil;&otilde;es cardiovasculares... mas nem sempre tomam cautelas Gl&oacute;ria Ribeiro, enfermeira com larga experi&ecirc;ncia nas &aacute;reas da Cardiologia e Nefrologia, foi quem recebeu os funcion&aacute;rios e deputados na AR, para um teste que &agrave; partida poderia ser considerado intimidat&oacute;rio. "Trata-se de um dispositivo ainda pouco conhecido do p&uacute;blico e que est&aacute; em fase de divulga&ccedil;&atilde;o. De qualquer forma, antes de ser utilizado junto da popula&ccedil;&atilde;o, j&aacute; foi obviamente testado cientificamente e avalizado", adianta Gl&oacute;ria Ribeiro. Relativamente &agrave; diferen&ccedil;a entre a idade cronol&oacute;gica dos rastreados e a idade estimada das art&eacute;rias, a enfermeira sublinha que o cen&aacute;rio apurado em S&atilde;o Bento ficou marcado por um saldo positivo: "maioritariamente, a m&aacute;quina apontou para intervalos de idade que coincidem com a idade real da pessoa. Surgiram, &eacute; claro, situa&ccedil;&otilde;es excepcionais, em que a idade apontada &eacute; superior ou at&eacute; inferior aos anos de vida do examinado. Nos casos em que &eacute; dada uma idade superior, esta justifica-se pelo facto de a pessoa fumar, ter HTA cr&oacute;nica (muitas vezes mal tratada), ou ter sofrido anteriormente eventos cardiovasculares, por exemplo". Embora esteja convencida de que a generalidade dos portugueses est&aacute; ciente das regras que deve acatar, para gerir os factores de risco cardiovascular, Gl&oacute;ria Ribeiro n&atilde;o est&aacute; t&atilde;o segura quanto aos gestos adoptados para atingir tal fim: "a minha percep&ccedil;&atilde;o enquanto enfermeira - confirmada por este tipo de rastreios - &eacute; a de que toda a gente sabe que deve ter uma alimenta&ccedil;&atilde;o equilibrada, praticar exerc&iacute;cio e n&atilde;o fumar. O problema &eacute; que nem sempre isto &eacute; levado &agrave; pr&aacute;tica, o que significa que por vezes os estilos de vida realmente saud&aacute;veis ficam por adoptar".

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