Jornal Médico - Presidente do IDT confiante que Governo aceitará recomendação

O presidente do Instituto da Droga e Toxicodepend&ecirc;ncia (IDT), Jo&atilde;o Goul&atilde;o, est&aacute; confiante de que o Governo n&atilde;o vai deixar cair a recomenda&ccedil;&atilde;o de aumento para 18 anos da idade m&iacute;nima para consumo de &aacute;lcool O presidente do Instituto da Droga e Toxicodepend&ecirc;ncia (IDT), Jo&atilde;o Goul&atilde;o, est&aacute; confiante de que o Governo n&atilde;o vai deixar cair a recomenda&ccedil;&atilde;o de aumento para 18 anos da idade m&iacute;nima para consumo de &aacute;lcool. Jo&atilde;o Goul&atilde;o falava aos jornalistas &agrave; sa&iacute;da da Comiss&atilde;o Parlamentar, onde apresentou aos deputados o Plano Nacional para Redu&ccedil;&atilde;o dos Problemas Ligados ao &Aacute;lcool para 2009-2012, que espera aprova&ccedil;&atilde;o pelo Conselho de Ministros. A passagem da idade m&iacute;nima para consumo de bebidas alco&oacute;licas de 16 para 18 anos &eacute; uma das medidas defendidas no plano, tal como a descida do limite m&aacute;ximo da taxa de alcoolemia (de 0,5 gramas de &aacute;lcool por litro de sangue para 0,2 gramas) para condutores com cartas provis&oacute;rias. &Agrave; sa&iacute;da da audi&ecirc;ncia, Jo&atilde;o Goul&atilde;o antecipou que o Plano "possa ser aprovado em bloco" ainda antes do final do Ver&atilde;o pelo Conselho de Ministros, afirmando n&atilde;o acreditar que caia a medida do aumento da idade m&iacute;nima, mas admitindo "algumas dificuldades" em conseguir montar um aparelho de fiscaliza&ccedil;&atilde;o "eficaz, em tempo &uacute;til". "A &uacute;nica forma de conseguir uma fiscaliza&ccedil;&atilde;o mais eficaz &eacute; responsabilizar as pr&oacute;prias pessoas que comercializam bebidas alco&oacute;licas", disse o presidente do IDT, acrescentando que multas mais elevadas poder&atilde;o ser uma maneira de conseguir que a medida seja aplicada no terreno, tarefa "dif&iacute;cil mas n&atilde;o imposs&iacute;vel". A ind&uacute;stria de comercializa&ccedil;&atilde;o de bebidas alco&oacute;licas foi um "parceiro" na elabora&ccedil;&atilde;o do plano, garantiu, afirmando que percebe a imagem negativa que o consumo excessivo de &aacute;lcool por parte dos jovens tem para o mercado. Quanto ao Plano, Jo&atilde;o Goul&atilde;o afirmou que as metas tra&ccedil;adas para redu&ccedil;&atilde;o de consumo s&atilde;o "ambiciosas", mas ressalvou que at&eacute; a manuten&ccedil;&atilde;o dos n&uacute;meros actuais seria ambiciosa, num panorama geral de agravamento dos consumos. Assim, durante a vig&ecirc;ncia do Plano, pretende-se baixar de 20,7 por cento (n&uacute;mero de 2007) para 18 por cento a preval&ecirc;ncia da embriaguez nos jovens entre 15 e 19 anos, bem como baixar de 48,3 por cento para 43 por cento o binge drinking (consumo acelerado num curto per&iacute;odo de tempo). Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sinistralidade nas estradas provocada pelo &aacute;lcool, a meta &eacute; baixar de 305 para 250 os mortos em acidentes que envolvem condutores com taxas de alcoolemia iguais ou superiores a 0,5 gramas de &aacute;lcool por litro de sangue. Quanto ao consumo da popula&ccedil;&atilde;o em geral, o objectivo &eacute; baixar de 9,6 litros de &aacute;lcool anual por pessoa para oito litros. Jo&atilde;o Goul&atilde;o frisou que a aplica&ccedil;&atilde;o do plano necessita por parte do Governo de "legisla&ccedil;&atilde;o adequada", como no caso do aumento da idade m&iacute;nima de consumo e do envolvimento de outras entidades para al&eacute;m das tuteladas pelos Minist&eacute;rios da Sa&uacute;de ou da Administra&ccedil;&atilde;o Interna. Sem ter uma postura "excessivamente reguladora", o Plano define tr&ecirc;s sectores de "toler&acirc;ncia zero" para o consumo de &aacute;lcool: condutores, gr&aacute;vidas e jovens com menos de 18 anos.

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