Jornal Médico - Ligas querem doentes acompanhados por familiar

Dirigentes de 18 ligas de amigos de hospitais de todo o pa&iacute;s apelaram, recentemente, &agrave; Assembleia da Rep&uacute;blica, a aprova&ccedil;&atilde;o de legisla&ccedil;&atilde;o que permita o acompanhamento dos doentes por familiar nos servi&ccedil;os de urg&ecirc;ncia Dirigentes de 18 ligas de amigos de hospitais de todo o pa&iacute;s apelaram, recentemente, &agrave; Assembleia da Rep&uacute;blica, a aprova&ccedil;&atilde;o de legisla&ccedil;&atilde;o que permita o acompanhamento dos doentes por familiar nos servi&ccedil;os de urg&ecirc;ncia. Este direito de acompanhamento por familiar deve ser concedido ao doente em "situa&ccedil;&otilde;es graves ou muito graves" quando se tem de deslocar aos servi&ccedil;os de urg&ecirc;ncia, segundo as conclus&otilde;es da primeira reuni&atilde;o nacional de ligas de amigos dos hospitais, que decorreu recentemente em Coimbra. "Est&aacute; de acordo com a Carta Europeia dos Direitos dos Pacientes, pelo que &eacute; um direito de todos os cidad&atilde;os da Uni&atilde;o Europeia", nos termos da proposta agora aprovada e que foi apresentada pela Liga dos Amigos do Hospital dos Cov&otilde;es, em Coimbra. Na reuni&atilde;o, por iniciativa da Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (LAHUC), foi tamb&eacute;m decidido pedir uma audi&ecirc;ncia aos ministros da Sa&uacute;de e do Trabalho e Solidariedade Social para falar das dificuldades que as ligas sentem e solicitarem apoio para "um enquadramento mais perfeito e efectivo da sua actividade e o reconhecimento do seu papel". "As Ligas dos Amigos dos Hospitais e as Associa&ccedil;&otilde;es de Volunt&aacute;rios em Sa&uacute;de s&atilde;o parceiros relevantes no processo global de qualifica&ccedil;&atilde;o e de melhoria do trabalho realizado nos hospitais, nomeadamente no que toca ao processo de humaniza&ccedil;&atilde;o dos seus servi&ccedil;os", l&ecirc;-se nas conclus&otilde;es da reuni&atilde;o, que decorreu no audit&oacute;rio do Servi&ccedil;o de Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. As ligas sublinham a necessidade de "melhorar e aprofundar o reconhecimento institucional, da sua ac&ccedil;&atilde;o, nomeadamente pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de". "&Eacute; importante que a sua ac&ccedil;&atilde;o, nomeadamente aquela que &eacute; realizada pelos volunt&aacute;rios, seja cada vez mais qualificada e que por isso se imp&otilde;e considerar e adoptar crit&eacute;rios rigorosos de selec&ccedil;&atilde;o e de forma&ccedil;&atilde;o de modo a que a sua interven&ccedil;&atilde;o n&atilde;o conflitue com as interven&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas espec&iacute;ficas", consideram ainda. "A ac&ccedil;&atilde;o dos volunt&aacute;rios &eacute; um bem da colectividade que deve merecer dos estabelecimentos e profissionais de sa&uacute;de a devida compreens&atilde;o e acompanhamento", l&ecirc;-se no documento. "Apesar das muitas dificuldades que enfrentamos, sabemos que o nosso trabalho vale a pena e que se n&atilde;o &eacute;, por vezes, reconhecido institucionalmente, como desejar&iacute;amos, ele &eacute; reconhecido socialmente, o que nos conforta", sustentou a presidente da LAHUC, Isabel de Carvalho Garcia. De acordo com esta respons&aacute;vel, "a grande preocupa&ccedil;&atilde;o das ligas &eacute; a humaniza&ccedil;&atilde;o dos hospitais e o bem-estar dos doentes".

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