Jornal Médico - Mais cinco USF até ao final do ano

No ACES do Arco Ribeirinho poder&atilde;o surgir, at&eacute; ao final do ano, mais cinco USF... No Agrupamento de Centros de Sa&uacute;de (ACES) do Arco Ribeirinho, que integra os seis centros de sa&uacute;de dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo, poder&atilde;o surgir, at&eacute; ao final do ano, mais cinco unidades de sa&uacute;de familiar. De acordo com o presidente do conselho cl&iacute;nico do ACES, Francisco Gouveia, a USF do Lavradio dever&aacute; abrir at&eacute; ao final de Julho. Em Outubro, &eacute; prov&aacute;vel que surja, tamb&eacute;m no Barreiro, a USF E&ccedil;a, na extens&atilde;o de sa&uacute;de do mesmo nome. Ao nosso jornal, Francisco Gouveia adiantou ainda a probabilidade de, em Outubro, arrancar a USF Vale da Amoreira, na Moita. Al&eacute;m disso, espera-se que a Afonsoeiro, no Montijo, Alcochete e Alhos Vedros apresentem a candidatura ainda este ano. "Se isso acontecesse, ficar&iacute;amos com 50% do agrupamento em USF. Estamos a falar de quase 100 mil pessoas servidas por unidades de sa&uacute;de familiar". USF v&atilde;o trazer jovens m&eacute;dicos para o agrupamento No ACES Arco Ribeirinho, cerca de 50 mil utentes n&atilde;o t&ecirc;m m&eacute;dico de fam&iacute;lia atribu&iacute;do. A constitui&ccedil;&atilde;o de unidades de sa&uacute;de familiar pode atenuar o problema. "Cada USF assume, no m&iacute;nimo, a responsabilidade de aumentar a lista de utentes em 10%. Uma USF como a do Lavradio, que vai ter 14.400 utentes, se assumir mais 10%, passa a abranger mais 1440 utentes. No fundo, &eacute; quase a lista de um m&eacute;dico, ou seja, supostamente, por cada USF que surja, estamos a colmatar a necessidade de um m&eacute;dico." A equipa da USF do Lavradio &eacute; constitu&iacute;da por nove m&eacute;dicos, nove enfermeiros e sete administrativos. Quanto &agrave; USF Vale da Amoreira, vai arrancar com cinco m&eacute;dicos, cinco enfermeiros e quatro administrativos mas, em Janeiro, prop&otilde;e-se alargar a equipa com a entrada de dois jovens m&eacute;dicos, actualmente a terminarem a forma&ccedil;&atilde;o. Vai dar apoio a uma popula&ccedil;&atilde;o de cerca de nove mil pessoas. Por sua vez, a equipa da USF E&ccedil;a, constitu&iacute;da por sete m&eacute;dicos, sete enfermeiros e cinco administrativos, dar&aacute; resposta a cerca de 12 mil utentes. Francisco Gouveia, presidente do conselho cl&iacute;nico do Agrupamento de Centros de Sa&uacute;de do Arco Ribeirinho As novas USF "apoiam-se muito em jovens m&eacute;dicos que terminaram o Internato de Medicina Geral e Familiar". Sobretudo as USF Lavradio e Vale da Amoreira, esclarece Francisco Gouveia. "Em Lavradio entram dois m&eacute;dicos rec&eacute;m-licenciados e, em Vale da Amoreira, tr&ecirc;s". Sem contar outros dois que acabam o Internato no in&iacute;cio do pr&oacute;ximo ano. Isso significa que as USF v&atilde;o trazer m&eacute;dico de fam&iacute;lia a nove ou dez mil utentes. Ser&aacute; uma "lufada de ar fresco" num Agrupamento onde a percentagem de utentes sem m&eacute;dico se situa em torno dos 23%. Tutela centraliza demais Sobre a reforma da Sa&uacute;de, que passa pela cria&ccedil;&atilde;o dos Agrupamentos de Centro de Sa&uacute;de (ACES) e das Unidades de Sa&uacute;de Familiar (USF), Francisco Gouveia, que assumiu durante dois anos e meio a direc&ccedil;&atilde;o dos seis centros de sa&uacute;de de Set&uacute;bal para preparar o caminho, assinala que o que est&aacute; em causa "&eacute; uma mudan&ccedil;a muito grande".Os Agrupamentos da Pen&iacute;nsula de Set&uacute;bal, pela experi&ecirc;ncia adquirida durante esses dois anos e meio, t&ecirc;m um amadurecimento que a maioria ainda n&atilde;o possui. Talvez por isso o m&eacute;dico critique a tend&ecirc;ncia da tutela para a centraliza&ccedil;&atilde;o. "O modelo que n&oacute;s v&iacute;nhamos a construir nos agrupamentos da Pen&iacute;nsula de Set&uacute;bal era muito descentralizado. Grande parte das compet&ecirc;ncias e dos processos ficaria localizada nos agrupamentos, mas a op&ccedil;&atilde;o da tutela tem sido outra". O m&eacute;dico admite que, noutras regi&otilde;es do pa&iacute;s, talvez n&atilde;o haja ainda a capacidade, em termos de recursos humanos, para enveredar para um modelo semelhante ao da Pen&iacute;nsula de Set&uacute;bal. Mas acrescenta que "essa &eacute; a parte que nos deixa mais desgostosos. A ARS est&aacute; a centralizar muito - ao n&iacute;vel do aprovisionamento e dos recursos humanos, por exemplo - quando n&oacute;s gostar&iacute;amos de ter maior capacidade de decis&atilde;o".

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