Jornal Médico - Implementação da MAPA reduz 23% dos custos

Aimplementa&ccedil;&atilde;o generalizada da MAPA pode reduzir em 23% os custos associados ao tratamento da HTA... A implementa&ccedil;&atilde;o generalizada da MAPA (Medi&ccedil;&atilde;o Ambulat&oacute;ria da Press&atilde;o Arterial) pode reduzir em 23% os custos associados ao tratamento da hipertens&atilde;o. Esta &eacute; uma das principais conclus&otilde;es de um estudo realizado por m&eacute;dicos do Centro de Sa&uacute;de S&atilde;o Jo&atilde;o, no Porto, tamb&eacute;m inicialmente conhecido como Projecto Tubo de Ensaio Paulo Pessanha e Manuel Viana m&eacute;dicos de fam&iacute;lia e docentes, explicaram ao nosso jornal que a investiga&ccedil;&atilde;o realizada no CS de S&atilde;o Jo&atilde;o, "pretendeu avaliar a acuidade diagn&oacute;stica e a rela&ccedil;&atilde;o custo-benef&iacute;cio de uma estrat&eacute;gia baseada na utiliza&ccedil;&atilde;o da MAPA em doentes hipertensos rec&eacute;m-diagnosticados". No intervalo de 16 meses foram avaliados 336 doentes n&atilde;o medicados mas que, no consult&oacute;rio, apresentavam valores elevados de Press&atilde;o Arterial. Destes, cerca de 56% eram mulheres. 38,7% dos casos identificados como hipertensos de bata branca De acordo com os resultados, a MAPA permitiu identificar 206 doentes verdadeiramente hipertensos e 130 indiv&iacute;duos com hipertens&atilde;o de bata branca (HBB). Nestes casos (38,7%), a ansiedade resultante da ida ao consult&oacute;rio e da presen&ccedil;a do m&eacute;dico, entre outros factores, podem contribuir para valores de press&atilde;o arterial compat&iacute;veis com o diagn&oacute;stico de hipertens&atilde;o ligeira a moderada. Os docentes explicaram, de resto, que os hipertensos de bata branca, se n&atilde;o tiverem les&otilde;es de &oacute;rg&atilde;os-alvo, nem sequer apresentam riscos elevados de doen&ccedil;a cardiovascular: "o grupo dos hipertensos de bata branca mostrou valores significativamente mais baixos da PA casual, dos valores da PA e da frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca ambulat&oacute;ria de 24 horas (diurna e nocturna), da press&atilde;o diferencial de 24 horas e da press&atilde;o arterial ao levantar. Apresentou tamb&eacute;m menores valores sangu&iacute;neos de triglicer&iacute;deos e de um &iacute;ndice composto pela associa&ccedil;&atilde;o de diversos factores de risco cardiovascular, confirmando tratar-se de uma popula&ccedil;&atilde;o de baixo risco". M&eacute;dicos recomendam uso generalizado da MAPA Uma vez que as Normas de Orienta&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica (NOC) consideram desnecess&aacute;ria a terap&ecirc;utica farmacol&oacute;gica anti-hipertensora nos HBB, os investigadores procederam &agrave; an&aacute;lise do custo-benef&iacute;cio da implementa&ccedil;&atilde;o generalizada da medi&ccedil;&atilde;o ambulat&oacute;ria da press&atilde;o arterial (versus a decis&atilde;o cl&iacute;nica sem MAPA) em mil doentes, seguidos durante dois anos. Os c&aacute;lculos, de acordo com Paulo Pessanha e Manuel Viana, "basearam-se na estimativa da preval&ecirc;ncia observada da HBB, custo da MAPA, pre&ccedil;o do tratamento anti-hipertensor, pre&ccedil;o das an&aacute;lises e consultas m&eacute;dicas em Medicina Geral e Familiar". Os resultados desta estrat&eacute;gia apontam para a redu&ccedil;&atilde;o em 23% dos custos associados &agrave; terap&ecirc;utica hipertensora e aos procedimentos m&eacute;dicos de seguimento e diagn&oacute;stico "exigidos numa estrat&eacute;gia sem o recurso &agrave; MAPA". Os docentes e investigadores conclu&iacute;ram, assim, que "o uso generalizado da medi&ccedil;&atilde;o ambulat&oacute;ria da press&atilde;o arterial "aumenta a acuidade diagn&oacute;stica e a estratifica&ccedil;&atilde;o do risco em novos hipertensos, permitindo reduzir significativamente os gastos em sa&uacute;de e os riscos de iatrogenia medicamentosa".

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