A Câmara Municipal das Caldas da Rainha anunciou hoje que a substituição da rede de distribuição de água do hospital termal ficará concluída até ao início de outubro, o que permitirá reabrir os tratamentos termais em 2017.
A intervenção de substituição da rede de adução e distribuição de água termal ao hospital, adjudicada em maio, “está sensivelmente a meio e ficará concluída até ao final de setembro ou início de outubro”, afirmou o presidente da autarquia, Fernando Tinta Ferreira, durante uma visita à obra.
A substituição da rede que transporta a água termal das captações (situadas na Mata Rainha D. Leonor) ao hospital termal foi uma das condições impostas pelo delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Tavares, em 2013, depois de aquela unidade ter sido encerrada devido a presença da bactéria legionella.
“A conclusão desta obra permitirá reabrir os tratamentos em 2017”, sublinhou hoje o autarca, convicto de que a intervenção possibilitará “reduzir para valores residuais a hipótese de poder voltar a haver problemas com a legionella”.
A obra consiste na modernização dos sistemas de bombagem da água, que será reduzida para 2,5 litros de água termal por segundo, para que a redução de caudal reduza também os organismos patogénicos transportados até ao hospital. É substituída de toda a canalização por novos tubos de aço inox, que permitam a execução de desinfeções com água a 85º centígrados, temperatura que destrói a bactéria. Esta desenvolve-se precisamente à temperatura da água das termas das Caldas da Rainha, ou seja, entre os 34º e os 37º centígrados. A obra contempla ainda um sistema de monitorização da água, preparado para “emitir um alarme em caso de alteração dos valores definidos”, permitindo uma mais rápida intervenção de desinfeção das tubagens.
A empreitada, orçada em 600 mil euros, é a primeira intervenção da Câmara Municipal das Caldas da Rainha visando a reabertura do hospital, cuja gestão foi entregue pelo Estado à autarquia em dezembro de 2015. O objetivo da autarquia é concessionar o hospital termal a privados, estando atualmente em negociações com uma associação mutualista que já presta serviços na área da saúde e com o Ministério da Saúde para que os tratamentos termais sejam retomados.
“O objetivo é que haja uma parceria com o Ministério da Saúde para que a componente de reumatologia possa ser feita no hospital termal, com ligação ao hospital distrital”, explicou o autarca, defendendo que “parte dos custos com pessoal [clínico] possa ser suportada pelo ministério”.
Porém, assegurou Tinta Ferreira, “não existindo esse entendimento, o município, ou com parceiro ou sozinho, contratará os profissionais para que o hospital reabra em 2017”.
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