Jornal Médico - Juramento de Hipócrates realizado por cerca de dois mil médicos

Cerca de dois mil médicos realizam este ano o Juramento de Hipócrates, o compromisso médicos feito na altura da formatura dos jovens clínicos. A primeira cerimónia do Juramento de Hipócrates decorreu no passado sábado, em Coimbra, seguindo-se do Porto no domingo. De acordo com a Ordem dos Médicos, o juramento decorre dia 24 novembro em Lisboa e na Covilhã e no dia 25 em Braga. Este ano, o juramento ocorre em cinco cidades: Lisboa, Porto, Covilhã, Braga e Coimbra, abrangendo cerca de 800 médicos na zona Norte, cerca de 400 no Centro e perto de 700 no Sul. Recorde-se que, em 2017, o texto tradicional do Juramento de Hipócrates foi alterado, tornando-se num texto mais centrado no doente. “Respeitarei a autonomia e a dignidade do meu doente” e “Guardarei o máximo de respeito pela vida humana”, são algumas das novidades introduzidas pela Associação Médica Mundial no Juramento de Hipócrates. A orientação sexual passou também a figurar entre as considerações que não se podem interpor entre o dever do médico e o seu doente, a par da idade, deficiência, crença religiosa, origem étnica, nacionalidade, filiação política ou estatuto social. Na anterior versão do Juramento constava apenas a religião, raça, nacionalidade, política e condição social. Embora não seja obrigatória a sua realização, o Juramento de Hipócrates tem uma forte carga simbólica por marcar o início da atividade dos médicos, sendo, no fundo, um passo em que os novos clínicos juram praticar a Medicina honestamente. Recorde-se, ainda, que este ano ocorre o último exame “Harrison”, a prova nacional de acesso à especialidade médica em vigor há 40 anos, que tem sido fortemente criticada por ser demasiado focada na memorização. O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considera que a nova prova será uma mais-valia para os novos médicos, por ser “mais adequada à seriação dos candidatos” e “mais voltada para o raciocínio clínico”. Embora o novo formato só entre em vigor no próximo ano, já houve estudantes a voluntariarem-se para realizar uma prova piloto. A nova prova nacional de acesso terá 150 perguntas e é inspirada no “National Board” dos Estados Unidos.

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