Autarca de Évora preocupado com paragens da viatura de emergência
DATA
09/04/2014 11:44:46
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Jornal Médico
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Autarca de Évora preocupado com paragens da viatura de emergência

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O presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, manifestou ontem “grande preocupação” com as paragens temporárias da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), lamentando que nas situações graves não esteja disponível. “É uma grande preocupação, uma vez que temos um equipamento para responder a emergências e quando há situações graves não está disponível”, afirmou o autarca comunista, em declarações à agência Lusa.

O responsável comentava a inoperacionalidade da VMER do Hospital de Évora, no domingo à noite, por falta de tripulação, quando ocorreu um acidente com dois mortos perto de Reguengos de Monsaraz.

A VMER esteve ontem novamente parada, entre as 08h00 e as 16h00, por falta de recursos humanos. Carlos Pinto de Sá assinalou que “num curto espaço de quatro meses” registaram-se dois acidentes graves no distrito de Évora e que em nenhum dos casos a VMER foi accionada por estar inoperacional.

“Nas situações mais graves de emergência, a VMER não está funcionar”, insistiu, argumentando que tal situação se deve ao facto de não existir “dinheiro para contratar os médicos e enfermeiros e garantir a sua prontidão 24 sobre 24 horas”. Para o presidente da Câmara de Évora, a inoperacionalidade da VMER “decorre das políticas governamentais de cortes na área da saúde”, o que “é inaceitável”, sobretudo porque são “situações de risco de vida para as pessoas”. “Quando há falhas deste tipo, quem fica a perder é sempre quem necessita”, acrescentou.

O autarca alentejano referiu que “o Governo tem impedido que se façam contratações externas e que se pague de forma capaz a médicos e enfermeiros para que possam responder a estas necessidades”. Nesse sentido, defendeu que “cabe ao Governo resolver este problema”, dando “condições e recursos” para que a VMER do Hospital de Évora funcione.

Na segunda-feira, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo justificou a inoperacionalidade do meio de emergência com “motivos de doença de um profissional escalado”. Contudo, os serviços regionais do Ministério da Saúde argumentaram que o socorro às vítimas “foi efectivamente prestado”, através dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz. Segundo a ARS, a taxa de operacionalidade da VMER de Évora “tem estado, desde o início do ano, assegurada acima dos 90%”.

Há pouco mais de três meses, no dia 25 de Dezembro de 2014, a VMER de Évora também estava inoperacional quando um acidente entre Évora e Montemor-o-Novo, que envolveu dois automóveis e um cavalo, provocou quatro mortos e quatro feridos graves.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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