O Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago de Compostela e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia apresentaram hoje em Braga um projecto de investigação centrado no diagnóstico oncológico, neurológico e em novas terapias contra o cancro.
Com um orçamento de quase três milhões de euros, o projecto conjunto InveNNta – Inovação em nanomedicina para o desenvolvimento socioeconómico da euro região Galiza-Norte de Portugal, integra mais de 30 investigadores.
Estes investigadores iniciaram o seu trabalho em Setembro de 2013 e prevêem a obtenção de “importantes resultados” num prazo máximo de dois anos.
“Trata-se de um ambicioso programa que está a ser levado a cabo pelo Instituto de Investigación Sanitaria de Santiago (IDIS) e pelo Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), e que pretende dar resposta a necessidades médicas por resolver nas áreas da neurologia, cancro e dos novos modelos assistenciais”, esclareceram, em conferência de imprensa, os seus promotores.
O desenvolvimento de sistemas de diagnóstico até à fase de protótipo, com aplicações na luta contra o cancro e doenças neurológicas, com o propósito de atenuar os custos dos cuidados de saúde e de dependência, é um dos objectivos que o InveNNta, que visa também “o desenvolvimento de sistemas de seguimento in vivo de células chave para o diagnóstico e tratamento de doenças complexas, com o fim de obter novos agentes de controlo por imagem de ressonância magnética (IRM)”.
A nanotecnologia aplicada à medicina oferece soluções onde os fármacos convencionais atingiram os seus limites e permite vislumbrar a possibilidade de cura a partir do próprio corpo e ao nível celular ou molecular.
A monitorização em alta definição, a reparação de tecidos, o controlo exaustivo da evolução das doenças, a defesa e melhoria dos sistemas biológicos humanos, o diagnóstico precoce e a prevenção ou tratamento individualizados são alguns dos avanços científicos que o campo da nanomedicina torna possíveis.
O projecto visa transformar a região “numa referência para a investigação em nanomedicina, capaz de liderar iniciativas empreendedoras, e de competir na linha da frente, a nível internacional”.
Este projecto é co-financiado pelo Fundo Estrutural de Desenvolvimento Regional (FEDER) da União Europeia, ao abrigo do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP).
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