A actual geração de crianças pode viver menos tempo do que os seus pais, o que acontecerá pela primeira vez na história, alerta hoje a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, no dia em que assinala os seus 65 anos.
“Pela primeira vez na história da humanidade, as novas gerações poderão ter uma esperança média de vida inferior à dos seus progenitores”, referem os especialistas daquela sociedade científica, lembrando os factores de risco “que retiram anos de vida aos portugueses”.
Em comunicado, a Sociedade de Cardiologia recorda que, nos anos mais recentes, os portugueses têm adoptado um estilo de vida mais sedentário, com menos actividade física, o que “terá necessariamente efeitos muito negativos no diagnóstico da saúde cardiovascular”.
Há cada vez mais pessoas a praticar desporto nas ruas, mas “ainda assim continuam a ser em maior número aquelas que não praticam qualquer tipo de actividade física”.
“Abandonámos a dieta mediterrânica, uma das nossas grandes riquezas, um caminho que é urgente inverter, sob risco de comprometermos seriamente o futuro”, sublinham os especialistas.
As acções preventivas são apontadas como as medidas prioritárias, nomeadamente junto do público mais jovem.
Os cardiologistas recomendam até que sejam proibidas as máquinas de venda automática nas escolas, assim como a adopção de ementas nutricionalmente mais equilibradas.
Para a Sociedade, os actuais números são já “esclarecedores e alarmantes”: quase metade da população portuguesa tem excesso de peso e hipertensão, um terço dos portugueses tem colesterol elevado e Portugal surge como o país da Europa com maior crescimento da obesidade.
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