O Centro Anti Discriminação VIH/Sida recebeu, nos dez primeiros meses do ano, 42 queixas de pessoas infectadas com VIH que se sentiram descriminadas, um número que aumentou significativamente desde 2012, foi hoje anunciado.
Dados divulgados hoje, pelo centro, referem que o número de queixas “tem aumentado, significativamente, desde o segundo semestre de 2012, quando se registaram dez queixas”.
No primeiro semestre de 2014, foram registadas 25 e, no segundo semestre, até Novembro, foram reportados 17 casos.
Criado em Janeiro de 2010, pela SER+, Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida, e pelo Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), o Centro Anti Discriminação VIH/Sida dirige-se “às pessoas que vivem ou são afectadas pelo VIH, sujeitas a estigma e discriminação associadas à infecção”, mas também aos profissionais e trabalhadores nas áreas da saúde, educação e serviços sociais, a voluntários, colaboradores e trabalhadores de organizações não-governamentais.
O projecto, co-financiado em 75% pela Direcção-geral da Saúde, no âmbito do Plano Nacional Para a Infecção VIH/Sida, teve início em Janeiro de 2011 e terá a duração de quatro anos.
No ano passado, foram diagnosticados quase três casos por dia de infecção por VIH/sida em Portugal, num total de 1.093 situações, o que equivale a uma taxa de 10,5 novas infecções por 100.000 habitantes, segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
Os dados indicam que, dos casos registados em 2013, 20,7% das situações já se encontravam no estádio sida, quando a infecção evolui para doença.
Foram notificados 226 mortes ocorridas no ano passado em pessoas com a infecção por VIH, 145 das quais no estádio sida.
Entre 1985 e 2013 foram diagnosticados ao todo 47.390 casos de infecção por VIH/sida.
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