Meia centena de pessoas exigem melhorias no Hospital de Santarém e mais médicos
DATA
14/07/2015 11:36:45
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Jornal Médico
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Meia centena de pessoas exigem melhorias no Hospital de Santarém e mais médicos

Hospital Distrital de Santarém 3

Meia centena de pessoas concentraram-se ontem em frente ao Hospital Distrital de Santarém para exigirem a contratação de pessoal, melhorias nas urgências, as obras aguardadas há mais de dois anos no bloco operatório e médicos de família para 90.000 utentes.

“Faltam 100 enfermeiros no Hospital de Santarém”, “Obras no Bloco Operatório à espera há mais de dois anos”, “Queremos melhor serviço de urgência” ou “90.000 utentes sem médico de família no distrito de Santarém” eram algumas das frases escritas em cartazes que os manifestantes penduraram ao peito durante uma pequena marcha realizada ontem à noite num percurso marcado por tochas.

“Há uma grande preocupação no distrito. Não é só o Hospital. Só na Lezíria há 45.000 pessoas sem médico de família. Se juntarmos as 10.000 do Estuário do Tejo e as 40.000 do Médio Tejo, são 90.000 pessoas na região sem médico de família”, disse à Lusa Augusto Figueiredo, porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde.

O porta-voz disse que a situação é ainda mais preocupante com a chegada do verão e a escassez de profissionais a acentuar-se com o período de férias, o que, declarou, vai agravar a dificuldade de resposta que já é sentida sobretudo nas urgências com a falta de médicos de algumas especialidades.

Manuel José Soares, do Movimento de Utentes de Serviços Públicos do distrito de Santarém, disse que a falta de resposta dos cuidados de saúde primários está a agravar a situação nos hospitais, lamentando que não se esteja a investir em unidades móveis de saúde, que permitam um trabalho de proximidade com as populações, essencial na prevenção e despistagem.

Presente na manifestação, o deputado comunista eleito pelo distrito de Santarém, António Filipe, afirmou que o projeto de resolução apresentado pelo PCP na Assembleia da República propondo a rejeição da criação do Grupo Hospitalar do Ribatejo vai ser votado em plenário no próximo dia 22.

“No debate em comissão (ocorrido na quinta-feira passada), os deputados da maioria afirmaram que não valia a pena votar favoravelmente porque o Governo desistiu da ideia” da criação do Grupo Hospitalar que iria juntar os Hospitais de Santarém e os que integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo (Abrantes, Tomar e Torres Novas), afirmando que o seu partido vai estar atento à evolução deste processo.

Numa moção, os manifestantes recusam a criação do grupo hospitalar por entenderem que ele apenas visa o encerramento de especialidades, como a maternidade ou a ortopedia, distanciando a prestação de cuidados de saúde das populações.

Augusto Figueiredo recordou que foi entregue no parlamento uma petição com 4.552 assinaturas, que fará com que a situação da saúde no distrito de Santarém seja discutida em plenário, nesta ou na próxima legislatura.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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