
As empresas associadas da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) pagaram, até ao início de setembro, 55,2 milhões de euros aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no âmbito do um acordo celebrado com o governo português.
Em comunicado, o Ministério da Saúde esclarece que este valor corresponde às contribuições destas empresas nos dois primeiros trimestres de 2015, sendo que o total da contribuição prevista para este ano é de 135 milhões de euros, só no que diz respeito às empresas associadas da APIFARMA.
"O acordo assinado com a APIFARMA, que integra 68 laboratórios associados, destina-se a envolver a indústria farmacêutica no esforço de contribuição para a sustentabilidade do SNS e a garantir os elevados padrões de acessibilidade aos doentes, o acesso às melhores terapêuticas, bem como a prestação de cuidados de saúde tendencialmente gratuitos", lê-se ainda na nota de imprensa enviada à nossa redação.
Este ano, contrariamente aos anos anteriores, o pagamento do valor total será feito em quatro parcelas, pois "sendo as verbas já entregues de grande importância para o equilíbrio da tesouraria das instituições hospitalares, este novo método tem-se revelado mais adequado ao cumprimento dos objetivos de pagamentos de dívidas em atraso e de equilíbrio financeiro dos hospitais".
Assim, até agora foram recebidas as parcelas do primeiro e segundo semestres de 2015 com uma taxa de execução de, respetivamente, 95 e 76 por cento dos valores totais.
O Ministério da Saúde refere igualmente que "o montante de 55,2 milhões de euros não inclui os 12,75 milhões de euros correspondentes ao investimento das empresas farmacêuticas em despesas de investigação e desenvolvimento (I&D), dedução à contribuição ao SNS prevista no acordo, e cujo total à data ascende a 67,9 milhões de euros".
"Para além da contribuição das empresas aderentes ao acordo, as demais empresas estão abrangidas pela contribuição extraordinária sobre a indústria farmacêutica (a denominada clawback), prevista na lei do orçamento de Estado para 2015, e cuja cobrança compete à Autoridade Tributária e Aduaneira. Até à data já foram recebidos 7,3 milhões de euros", adianta o comunicado.
A Administração Central do Sistema da Saúde, I.P. (ACSS) tem a responsabilidade de acompanhar o pagamento destas contribuições, bem como de monitorizar a respectiva informação.
Por favor faça login ou registe-se para aceder a este conteúdo
Qual é a relação entre medicina e arte? Serão universos totalmente distintos? Poderá uma obra de arte ter um efeito “terapêutico”?