
O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) realçou a importância para a investigação e o ensino de um “protocolo inédito” celebrado com a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.
Ao longo dos anos, “a cadeira de Medicina Legal foi perdendo aos poucos importância” nos currículos de Medicina desta faculdade, disse o vice-presidente do INMLCF, João Pinheiro, à agência Lusa.
Noutras escolas médicas do país, também se verificou a mesma tendência, mas nesta – a Nova Medical School - Faculdade de Ciências Médicas (NMS-FCM) de Lisboa – “foi demais”, acentuou.
O instituto presidido pelo juiz desembargador Francisco Brízida Martins revelou hoje ter assinado, em Coimbra, um acordo de cooperação “que define o relacionamento” com a NMS-FCM, cujo diretor, Jaime da Cunha Branco, também participou na cerimónia, tal como o responsável pela área de Medicina Legal desta faculdade, Diogo Pais.
“Trata-se de um protocolo inédito na história das duas instituições, apesar de a delegação do Sul do INMLCF funcionar paredes-meias com a Faculdade de Ciências Médicas”, sublinha, em comunicado, o Instituto Nacional de Medicina Legal.
João Pinheiro salientou à Lusa que, no futuro, estas instituições públicas, além de partilharem a regência de disciplinas, vão reforçar a carga horária da Medicina Legal nos cursos da Nova Medical School, reforçando ainda a mobilidade de estudantes, docentes e investigadores nas suas atividades nos dois lados.
Já a partir de fevereiro, o INMLCF vai ministrar uma cadeira de Medicina Legal e Ciências Forenses, “cujas inscrições esgotaram rapidamente”.
Algumas das áreas de colaboração definidas pelas partes são a “utilização recíproca de instalações e equipamento para fins de ensino, formação e investigação” e a “participação dos trabalhadores de ambas as instituições em cursos pré e pós graduados", nas áreas da Medicina, Medicina Legal, Ciências Forenses e outras ciências afins.
O protocolo prevê ainda a organização conjunta de cursos, seminários e demais eventos científicos, bem como a realização de trabalhos e projetos de investigação, estágios pedagógicos e profissionais.
Lusa/Jornal Médico
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