O secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, reconheceu ontem a falta de médicos de família no litoral alentejano, situação que afeta "cerca de 30 por cento" dos utentes, comprometendo-se com o reforço de profissionais no próximo verão.
"Não há muita população sem médico de família [no Alentejo], o litoral alentejano é talvez a pior situação no contexto da região, com 28 a 30 por cento de cidadãos sem médico de família", disse o governante em declarações aos jornalistas, após a tomada de posse do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal.
O secretário de Estado assegurou que os serviços de saúde no Alentejo serão reforçados com mais "12 ou 13" médicos de família, a partir do verão, alguns dos quais destinados ao litoral alentejano.
"Vamos ter médicos de família novos a partir de junho e uma parte necessária virá para aqui para a região do litoral alentejano", declarou.
Questionado a propósito da falta de médicos de outras especialidades na ULSLA, que inclui o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, Manuel Delgado disse ter como objetivo "trabalhar com o conselho de administração para criar linhas de financiamento especiais para o recrutamento de profissionais".
O secretário de Estado da Saúde terminou ontem em Santiago do Cacém uma visita de dois dias a várias unidades do Serviço Nacional de Saúde no Alentejo, que teve como objetivo perceber "a realidade", "os problemas" e as "virtudes do trabalho que se faz na região".
Após a tomada de posse, o presidente do conselho de administração da ULSLA, Paulo Espiga, assegurou aos jornalistas que, até ao final deste ano, o novo Centro de Saúde de Sines, também no Alentejo Litoral, deverá entrar em funcionamento.
"Em final de novembro, princípio de dezembro estará certamente a funcionar", disse, quando questionado pelos jornalistas a propósito das novas instalações do Centro de Saúde de Sines, cujo auto de consignação da obra foi assinado no final de 2014.
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