Jornal Médico - Investigadores debatem “Potenciar a Mente”

A sessão de abertura do 12º simpósio “Aquém e Além do Cérebro” decorre no dia 4 de abril, à noite, na Casa do Médico, no Porto, e será presidida por pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. “Potenciar a mente” é o mote do encontro promovido pela Bial, em que investigadores de várias áreas vão apresentar as mais recentes descobertas e lançar pistas em torno das eventuais estratégias para aumentar as capacidades cognitivas, o bem-estar ou a saúde. “Do doping ao treino da mente, da meditação à estimulação cerebral, serão várias as temáticas analisadas, envolvendo diferentes campos do saber em torno da relação mente-corpo, mas também das suas importantes implicações éticas”, explicou a farmacêutica em comunicado. Entre os dias 5 e 7 de março, o simpósio “Aquém e Além do Cérebro” desenrola-se ao longo de 3 sessões base: no dia 5, a primeira sessão será dedicada aos métodos e técnicas de potencialização cognitiva e as suas implicações éticas. No dia seguinte, serão abordados os estados ampliados de consciência e os fatores históricos e métodos para potenciar a mente, tais como drogas ou rituais. O último dia do encontro será dedicado à inteligência coletiva e à interação cérebro-máquina. Entre os oradores presentes destaca-se a participação de Jose Carmena, da Universidade da Califórnia, com uma intervenção sobre inteligência artificial e em que vai desenvolver o conceito de quem tem o controlo na relação homem-máquina. Na sua apresentação irá abordar o potencial da tecnologia de interface cérebro-máquina, nomeadamente das interfaces híbridas que incorporam sinais de controlo neuronais e artificiais, a partir da máquina. Jean-Noël Missa, da Universidade Livre de Bruxelas, defende um debate em torno do trabalho da Agência Mundial Antidoping, realçando que a relativa ineficácia dos controlos antidoping levanta sérios problemas éticos e de justiça desportiva. Este autor vem abordar a potencialização cognitiva no desporto de competição e discutir a legitimidade do uso de técnicas de melhoria do desempenho desportivo. Por sua vez, Christopher Chabris, do Union College, vai centrar-se na inteligência coletiva. Será que os grupos e as equipas têm uma inteligência própria? A sua participação no Simpósio vai abordar a inteligência coletiva como caraterística central de pequenos grupos e o seu impacto a nível académico, científico ou nos negócios e empresas. À semelhança das edições anteriores, este simpósio contará com a apresentação dos resultados dos projetos de investigação financiados pela Fundação BIAL. No simpósio estará patente uma exposição de 40 posters, que também serão apresentados em comunicações orais.

Terceiro espaço

Mais lidas